Como o modelo de contrato BOT viabiliza investimentos na indústria brasileira

Projeto que a Eletron Energia S.A. executa para a indústria plástica Colorfix exemplifica o modelo de contrato “Build, Operate and Transfer...

Projeto que a Eletron Energia S.A. executa para a indústria plástica Colorfix exemplifica o modelo de contrato “Build, Operate and Transfer”, em que fornecedor investe, entrega e só depois é remunerado com base em desempenho Modernizar estruturas industriais d
eixou de ser apenas uma meta estratégica e passou a ser uma necessidade operacional. Contudo, com juros altos, crédito escasso e prioridades voltadas à produção, muitas empresas adiam a renovação de ativos. Nesse contexto, modelos de contratação como o BOT (Build, Operate and Transfer — em português, Construir, Operar e Transferir) têm ganhado espaço ao permitir que fornecedores assumam o investimento inicial e entreguem a solução pronta, sem impactar o fluxo de caixa do contratante. O BOT nada mais é que uma negociação entre empresas privadas. Tradicionalmente aplicado em grandes obras de infraestrutura, como rodovias e sistemas de saneamento, esse modelo também vem sendo adaptado para projetos industriais personalizados, inclusive em demandas menores, a exemplo de infraestrutura elétrica e climatização. A principal vantagem está na forma de pagamento: em vez de uma aquisição imediata, o cliente remunera o fornecedor de acordo com o desempenho comprovado da solução entregue, por meio de aluguel. “É uma forma de destravar investimentos sem exigir que a empresa abra mão do capital de giro. Isto é, em vez de comprometer o caixa ou tomar crédito, o cliente remunera o projeto com base na entrega em até cinco anos”, afirma Victor Moraes, engenheiro na Eletron Energia S.A. Infraestrutura invisível, impacto real Um caso recente que ilustra o modelo BOT é o projeto executado pela Eletron Energia S.A. para a Colorfix, indústria do setor químico com sede em Colombo (PR). Em 2025, durante uma parada programada, a empresa modernizou a infraestrutura elétrica da planta com a substituição de dois transformadores a óleo de 500 kVA (quilovolt-ampere) por um transformador a seco de 1.250 kVA, de maior capacidade e eficiência. O escopo também incluiu a instalação de sistemas de proteção, com todo o investimento e a responsabilidade técnica assumidos pela fornecedora, que também realizou a operação inicial. "Subestação não gera economia, mas é essencial para manter tudo funcionando. Com o BOT, conseguimos elevar o padrão técnico da planta da Colorfix sem comprometer o planejamento financeiro da empresa", diz Victor. Confiança, risco e retorno O Build, Operate and Transfer é aceito no ambiente jurídico brasileiro por ser um contrato entre privados, amparado pela liberdade contratual. Sua validade depende da possibilidade de as partes negociarem livremente responsabilidades, prazos e metas de desempenho, desde que respeitados os princípios do direito civil e comercial. Na prática, trata-se de um modelo que exige alto grau de comprometimento por parte do fornecedor. Como é ele quem investe e só é remunerado após a entrega da solução e a comprovação dos resultados, é preciso ter confiança no projeto e capacidade técnica para mensurá-lo. "O BOT exige excelência técnica, conhecimento do processo e muita responsabilidade financeira", observa Victor. Ele explica que a lógica é semelhante à de um aluguel, com a diferença que o fornecedor não apenas disponibiliza o equipamento, mas também assume todo o risco técnico e de desempenho. Outro ponto distintivo é a possibilidade de transferência do ativo ao final do contrato, conforme previsto no escopo técnico original. E esse compromisso contratual é, inclusive, uma das diferenças entre o BOT e outros modelos como leasing ou aluguel simples. Quando o BOT é a escolha certa Nem todo projeto industrial se encaixa no modelo Build, Operate and Transfer. Segundo o engenheiro da Eletron Energia S.A., entre os critérios que aumentam sua viabilidade está a capacidade de medição dos ganhos entregues. O modelo também é mais recomendado para empresas com orçamento de capital limitado (CAPEX — Capital Expenditure), ou seja, aquelas que priorizam investimentos no processo produtivo e preferem não imobilizar recursos em ativos de suporte, como infraestrutura elétrica. Além disso, empresas no lucro real tendem a se beneficiar mais no BOT, pois nesse regime tributário os pagamentos podem ser classificados como despesa operacional, reduzindo a base de cálculo de tributos. Do improviso ao planejamento Outro diferencial do BOT é a possibilidade de antecipar a modernização antes que o problema se torne crítico. Segundo Victor, o modelo tira a indústria do modo reativo, em que a troca de equipamentos só ocorre diante de falhas iminentes. "Com esse tipo de contratação, a empresa consegue planejar e executar melhorias estruturantes de forma preventiva, sem esperar por um colapso operacional", destaca. Essa abordagem também muda a cultura de investimento. Em vez de atuar no improviso, buscando soluções emergenciais sob pressão, o BOT permite decisões baseadas em planejamento e previsibilidade. "É mais fácil negociar prazos, custos e escopos quando a decisão vem antes da urgência", diz o engenheiro. Nesse sentido, o BOT passa a ser também uma ferramenta de gestão. Serviço: Empresas interessadas em contar com os serviços da Eletron Energia para desenvolver projetos de BOT ou de eficiência energética podem entrar em contato diretamente com a empresa. Para mais informações e suporte técnico, acesse o site www.eletronenergia.com.br ou envie um e-mail para contato@eletronenergia.com.br.

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